Por fim
O homem, que não é bom nem mau, encontra, um certo dia, com hora marcada, a Morte:
— Um último pedido…
— Oh, são todos iguais. Peça, homem, peça o que for, que não seja viver, pois a vida já lhe dei!
— Quero morrer de olhos abertos. Fecharei os olhos, sentirei o último sopro do vento que passa entre as folhas das árvores, o gosto da umidade que me faz vivo, o odor da terra que piso, agora, pela última vez. Sentirei tudo isso de olhos bem fechados. E ao abri-los, dê-me um segundo e leve-me. Comigo levarei esta última imagem. Com tudo o que senti de olhos fechados. Bem fechados.